MEU NATAL
Paulo Motta
Quantas vezes celebrei o Natal em minha vida...
Quanta diferença a cada ano que passa
por mim!
Desde o desconhecimento do significado
da data
na infância escondida numa família
numerosa
em que os dias eram todos iguais,sem novidade
a não ser a dos trens que passavam e
partiam.
Ouvia sim falar de uma missa do galo,
não sabia
porém, a que se referia a não ser muito
mais tarde.
Já nos tempos de internato em seminário
a reza
ocupava grande parte da celebração natalina
preenchida com teatros e cantos de alegria.
A ausência da família dava o tom
saudoso.
Os presépios com suas luzes me
mostravam
alguma coisa perdida no tempo que passou.
Quando tive minha própria família a cena
do Natal mudou. Vieram os filhos e com eles
os presentes que eu criança nunca
recebera.
O renascimento espiritual veio com a
idade.
A reflexão sobre o sentido da vida
humana
quando Deus assume a nossa condição mortal
e na pobreza e simplicidade mostra-nos
que o essencial é invisível aos olhos
humanos
porque escondido nos desígnios do Criador,
mas esquecido pelos humanos que se fizeram
razão da existência de si mesmos no mundo,
desconhecendo sua origem divina e destino eterno.
Natal, natal, aniversário de Jesus,
festa de todos,
celebração na terra e no céu, na casa do Pai, onde
os anjos continuam cantando: Glória a
Deus, para
os homens a paz da certeza de serem por
Ele amados.



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