O IMPORTANTE É DECIDIR
Oscarito
Poetisa Cora Coralina morreu no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, aos noventa e seis anos.
Quando idosa, perguntaram-lhe em uma entrevista,
o que era viver bem.
Ela respondeu à repórter:
Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice.
E digo a você: Não pense.
Nunca diga: Estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo que estou velha
e nem que estou ouvindo pouco.
É claro que, quando preciso de ajuda,
eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos. Isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que se lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. Também não diga para você mesma que está ficando esquecida
porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, falo sempre: Estou ótima!
Não digo nunca que estou cansada.
Nada de palavra negativa.
Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então, silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou?
Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu,
para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar,
mas eu não vou fazer isso comigo.
Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.
O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo
e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor,
pois bondade também se aprende.
Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar. Porque descobri, no caminho incerto da vida,
que o mais importante é o decidir.
* * *
Mantenhamos sempre a mente ligada às ideias positivas e otimistas, independente da idade que estejamos atravessando nesta hora de nossas vidas.
O que pensamos, com insistência, poderá se concretizar em algum momento, pois os fatos se corporificam inicialmente no campo mental, para depois se tornarem realidade no corpo físico.
Pensamento é força viva, que cada qual dirige de acordo com seus desejos.
O pensamento ruim intoxica a alma.
Independente de todas as limitações e dificuldades que a idade nos impõe, cultivemos sempre a alegria de viver e procuremos motivação para nos sentirmos úteis.
Enquanto a vida se expressar, haverá inúmeras oportunidades de crescer e ser feliz.
Tema: O IMPORTANTE É DECIDIR
Publicado (Momento Espírita in solo) em 22/10/2012 - 08h47min
Atualizado em 22/10/2012 - 08h47min
Publicado (Momento Espírita in solo) em 22/10/2012 - 08h47min
Atualizado em 22/10/2012 - 08h47min
- Redação do Momento Espírita
Oscarito
Simples, Popular e Genial
O maior ator cômico do Brasil arrastou multidões ao cinema. Ao lado de Grande Otelo, fez uma dupla inesquecível em 34 filmes antológicos. Alheios às críticas, sempre acreditou no cinema como algo popular. Foi fiel a sua ideia até o fim da vida.
O senhor prestes a completar 64 anos de vida havia sido um dos atores mais requisitados do cinema nacional e havia tempos encarava ostracismo. Numa manhã de julho de 1970, acordou saudoso de seu tempo de estrela das telas. Ao lado da mulher e dos dois filhos, encenou os passos de malandro que seus personagens costumavam fazer, batendo os calcanhares no ar. Ao fim, sentiu-se exausto. Avisou, ainda com um toque de bom humor: “Acho que estou gordo e velho”. Essas seriam as últimas palavras de Oscar Lorenzo Jacinto de La Imaculada Concepción Tereza Diaz, conhecido como Oscarito, que sofreu um derrame e, poucos dias depois, tornou-se definitivamente uma saudosa estrela das artes brasileiras.
O fim de vida, com um quê melancólico, outro quê de patético e mais um quê de dramático, foi a síntese de uma trajetória que nem o melhor redator de cinema poderia escrever de quatro décadas, participou de 47 filmes e levou milhares de pessoas ao cinema. Nunca com arroubos de supertar. “Em via, Oscarito deixou um lição de simplicidade, talento e amor genuíno ao trabalho. Hoje, seus filmes ainda encantam pela ousadia e pela comunicação instantânea e popular”, destaca a jornalista Jeanne Callegari.
“Sempre fui Brasileiro”
Com o vertiginoso das chanchadas, Oscarito começou a sair de cena. O último filme importante de que participou foi Os Apavorados, em 1962. aceitou o ostracismo de forma serena. Manteve uma vida simples ao lado da mulher e dos filhos. Sua rotina, de acordo com o Jornal Pasquim, passou a ser “dormir, ir à praia, ler, dormir, acordar, ir à praia.”
Ao morrer, talvez não esperasse quanta gente ainda o tinha em alta conta. Seu velório foi acompanhado por mais de duas mil pessoas. A quem “acusava” de não ser brasileiro, afirmava, orgulhoso: “Vim para cá pequenininho e sofri mais do que sovaco de aleijado. Mas também fui tão aplaudido quanto jogador de futebol e mais criticado que presidente da República. E ainda tive que me virar na vida como malandro de morro. Logo, o que sempre fui mesmo é brasileiro.
Revista: BRASIL - Almanaque de Cultura Popular
Ano 14 nº 160 pág. 24-25
Benjamin Silva
Dados Biográficos:
Nasceu na Fazenda de São Quirino, distrito de Castelo, no então município de Cachoeiro de Itapemirim, no Estado do Espírito Santo, a 20/07/1886.
Poeta e comerciário. Foi Diretor dos Armazéns Gerais da Empresa Guanabara, no Rio de Janeiro. Desde cedo dedicou-se à poesia. Colaborou em vários periódicos e desfrutou de prestígio nos meios literários de Cachoeiro de Itapemirim. Figura em várias antologias de poetas nacionais, com o soneto "O Frade e a Freira" que se tornou um dos mais conhecidos da poesia espírito-santense. É patrono da cadeira n. 1 da Academia Cachoeirense de Letras. Faleceu no Rio de Janeiro, a 10/06/1954, e seus restos mortais foram transladados para a terra natal.
Obras:
"Escada da Vida" (poesia), prefácio de Atílio Vivacqua e ilustrações de Santa Rosa, Editora José Olympio, Rio de Janeiro, 1938
FONTE: ELTON, Elmo. Poetas do Espírito Santo. Vitória,
"Escada da Vida" (poesia), prefácio de Atílio Vivacqua e ilustrações de Santa Rosa, Editora José Olympio, Rio de Janeiro, 1938
FONTE: ELTON, Elmo. Poetas do Espírito Santo. Vitória,
UFES, FCAA, PMV, 1982
A Poesia Espírito-Santense no Século XX,
A Poesia Espírito-Santense no Século XX,
organização, introdução e notas de Assis Brasil, 1998
Bandeira da Paraíba
A palavra "NEGO" que figura na bandeira é a conjugação do verbo "negar" no presente do indicativo da primeira pessoa do singular, remetendo à não aceitação, por parte de João Pessoa, do sucessor indicado pelo então presidente do Brasil, Washington Luís. Posteriormente, em 26 de julho de 1965, a bandeira rubro-negra foi oficializada pelo governador do estado, Pedro Moreno Gondim, através do Decreto nº 3919, como "Bandeira do Négo"
(à época ainda com acento agudo na letra "e").
O preto ocupa um terço da bandeira; o vermelho, dois terços. Existem movimentos correntes hoje em dia que tentam mudar a bandeira do estado assim como o nome da capital paraibana, ou ao menos recuperar a nomenclatura da capital e a bandeira originais, pois foram alterados na época da morte do político João Pessoa, morte esta que causou grande comoção em todo o país, levando a visíveis manobras políticas durante o primeiro governo de Getúlio Vargas.
Primeira Bandeira da Paraíba
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Feitiços e ritos secretos
(Mãe Stella)
Toda violência choca, mas o assassinato de crianças inocentes como, há poucos dias, ocorreu no interior de Pernambuco, quando um menino de 9 anos foi assassinado, provoca uma justa revolta na sociedade. Ao procurar o que está por trás disso, uma das suspeitas comuns é a de sacrifícios satânicos e rituais de religiões negras. Sacerdotes de cultos afro são perseguidos. Na semana passada, em Brejo da Madre Deus, incendiaram sedes dessas comunidades.
Sempre na história, preconceitos se voltaram contra minorias pobres e desarmadas. Na Idade Média, diante de qualquer tragédia ou epidemia, mulheres eram acusadas de bruxaria e queimadas. Hoje, no Brasil, as vítimas mais freqüentes do preconceito são os cultos afrodescendentes. Há mais de 20 anos, como teólogo e padre, freqüento cultos afrodescendentes.
Sou amigo de pais e mães de santo. Aprendi que nenhuma religião de origem afro tem rituais violentos, ou aceitam sacrifícios humanos. Essas tradições espirituais não crêem em um espírito do mal que a tradição judaica e cristã chamou de demônio. Nunca lhe prestariam culto.Nos tempos da escravidão, um escravo ameaçava um despacho a um senhor que quisesse abusar de sua filha menor. Esse ritual era a única arma que lhe restava. Por isso esses despachos de vodu(não de candomblé) eram justos.Hoje Mãe Stella de Oxossi, yalorixá do Opô Afonjá, em Salvador, ensina:
“Uma pessoa que quer fazer mal a outra
corre o risco de o mal se voltar para si mesma”.
Religiões negras têm segredos, como no cristianismo primitivo, os sacramentos eram chamados de mistérios.Diante de crimes como esse,devemos nos revoltar sim e condenar tal violência.Mas, não confundir distúrbios mentais com expressões religiosas. Quem é espiritual defende a vida de todos, principalmente de crianças inocentes. E luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Deus é amor. Só pode ser encontrado quando nos relacionamos amorosamente.
Jornal : O POPULAR de 01.08.2012
15 de Julho, dia Internacional do Homem! Parabéns!
No dia 15 de Julho, comemora-se o Dia do Homem no Brasil. Já em outros países, a data firmada para tal solenização é 19 de novembro, dia que marca o início da data comemorativa, criada em 1999, por Dr. Jerome teelucksingh, em Trinidad e Tobago. Hoje, em caráter internacional, é celebrada na Jamaica, Austrália, Índia, Itália, Estados Unidos, Nova Zelândia, Moldávia, Haiti, Singapura, Malta, África do Sul, Gana, Hungria,
Canadá, China e Reino Unido.
A criação da data teve como objetivo a promoção da saúde dos homens e a busca por igualdade entre gêneros, destacando a discriminação sofrida e enfatizando as conquistas e melhorias trazidas por eles em diversos aspectos
que envolvem sociedade e família.
Desde o início da celebração, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) apoia a iniciativa e, através de sua representante, Sra. Ingeborg Breines, diretora da Secretaria de Mulheres e Cultura de Paz, afirma que “é uma excelente ideia e que
Desde o início da celebração, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) apoia a iniciativa e, através de sua representante, Sra. Ingeborg Breines, diretora da Secretaria de Mulheres e Cultura de Paz, afirma que “é uma excelente ideia e que
daria um certo equilíbrio de gênero”.
O artigo 1° da Declaração Universal de Direitos Humanos relata:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
O Dia do Homem tem igual importância ao Dia da Mulher, pois ambos têm o seu espaço na sociedade e buscam objetivos semelhantes como a promoção da vida, o bem-estar da família, o cuidado com o meio ambiente
e a busca pela saúde física e mental. O artigo 1° da Declaração Universal de Direitos Humanos relata:
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.”
O Dia do Homem tem igual importância ao Dia da Mulher, pois ambos têm o seu espaço na sociedade e buscam objetivos semelhantes como a promoção da vida, o bem-estar da família, o cuidado com o meio ambiente
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola
FOLIA DE REIS
De origem portuguesa, a folia de Reis é uma manifestação cultural de natureza folclórico-religiosa que passa de pai para filho, atravessando gerações, como expressão do sagrado e do profano. Inspirada no episódio bíblico dos três Reis Magos, que, guiados pela Estrela do Oriente, levaram como presente ouro, incenso e mirra ao menino Jesus na gruta de Belém na noite de Natal. Consta da tradição católica que os três Reis Magos fizeram os seus giros durante a noite e chegando a manjedoura, entoou canto de louvor ao menino Deus. O giro da folia de Reis se inicia no dia 26 de dezembro e termina no dia 06 de janeiro, quando terminam para os católicos, as festas natalinas.
Na folia de Reis não há restrição par ao uso de instrumentos musicais, mas a viola, a caixa e o pandeiro, por serem conforme a tradição, instrumentos tocados pelos Reis Magos, são obrigatórios. Porém, outros instrumentos. Como rabeca, cavaquinho, a sanfona e o violão, foram incorporados à folia com o passar dos tempos.
A folia de Reis é composta de: o Alferes (piquete), que tem a função de conduzir a bandeira, obedecendo às ordens do Capitão ou Guia d a folia. Os palhaços, que representam os espiões do Rei Herodes, eles podem fazer brincadeiras, mas não entram em lugares sagrados, como presépios e altares; o Guia, Embaixador ou Capitão da folia é o comandante, que deve saber afinar e tocar todos os instrumentos; é ele que deve ter a mesma experiência do Guia. É ele quem responde os versos dos cantos, acompanhado pelas demais vozes do conjunto; geralmente, segunda, terceira voz ou contralto; quarta e requinta. O violeiro, que toca uma viola de 10 cordas, é uma peça indispensável em todas as folias de Reis. O caixeiro é o que toca o instrumento mais importante, que é considerado sagrado pelo devotos. É a caixa que puxa o ritmo mais forte da folia. Alguns devotos pedem ao caixeiro para dar voltas ao redor de suas casas, a fim de afastar os males ali existentes. Os tocadores de pandeiros também fazem parte da folia d éreis, tanto quanto os tocadores de cavaquinhos e sanfona.
Os integrantes de grupos ou companhias de Reis são chamados de foliões e os festeiros são os responsáveis pela organização das festas que ocorrem todo ano, sempre no dia 6 de janeiro.
Livro: Triângulo da História
- Editora Kelps pág. 24-25
Autor: José Afonso Barbosa
Trabalho e Liberdade
Cada ano, no dia 23 de agosto, a ONU celebra o dia
internacional da lembrança do tráfico
de escravos e de sua abolição.
Quando os escravos foram libertados, não receberam nenhuma indenização, nem ajuda para viver. Foram jogados nas ruas e favelas. Seus descendentes até hoje sofrem consequências dessa injustiça. A escravidão mudou apenas de forma. Embora ilegal, o tráfico de seres humanos permanece fonte de riqueza para máfias internacionais, especializadas em prostituição forçada e em migrantes clandestinos que lhes rendem dinheiro. Os escravagistas do século 21 não operam mais em navios negreiros e sim em jatos de última geração.
De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), os lucros provenientes do tráfico humano são de 32 bilhões de dólares por ano. No mundo de hoje, 12,3 milhões de pessoas já passaram por alguma forma de trabalho forçado ou de servidão. Destas, 9,8 milhões foram explorados por agentes privados, incluindo mais de 2,4 milhões
em trabalho forçado resultante do tráfico humano.
Quando à escravidão no campo, em países como a República Dominicana, o Paraguai e mesmo o Brasil, a cada dia, aparecem denuncias de novos casos, descobertos e constatados. Conforme o relatório da Comissão Pastoral da Terra, em 2011, se registraram no Brasil, 249 casos de trabalho escravo em fazendas e empresas rurais, com 4.348 pobres trabalhadores que viviam como escravos.
A maioria desses casos aconteceu no Pará,
em Goiás, em Minas Gerais e Maranhão
De acordo com os dados, muitas indústrias de ferro e aço empregam mão de obra escrava, assim como há uma relação estreita entre o desmatamento da Amazônia e o emprego de trabalho forçado. E isso para falar somente de campo. Em pleno centro de São Paulo, indústrias de fundo de quintal e empresas de tecelagens empregam bolivianos em situação ilegal e obrigados a morar no lugar de trabalho, como horários extenuantes e sem salários fixos. Trabalham par apagar dívidas que crescem ininterruptamente e exigem mais trabalho.
Há cinco anos, o governo federal e alguns organismos da sociedade civil elaboraram um pacto para a erradicação do trabalho escravo. Essas medidas têm ajudado, mas a má erva precisa ser extirpada na semente e nas raízes. A raiz da escravidão é o sistema social que perpetua a desigualdade social e considera o dinheiro mais importante do que a vida. Cada um de nós é responsável por criar uma cultura, na qual esse tipo de crimes se torne impossível.
Autor: Marcelo Barros – escritor e monge beneditino.
História Antiga
Na época das vacas magras
redemocratizado o país
Governava a Paraíba
alugava de meu bolso
em Itaipu uma casa
do Estado só um soldado
que lá ficava sentinela
um dia meio gripado
que passara todo em casa
fui dar uma volta na praia
e vi um pescador
com sua rede e jangada
mar adentro saindo
perguntei se podia ir junto
não me reconheceu partimos
se arrependimento matasse
nunca sofri tanto
jogado naquela velhíssima
jangada
no meio de um mar
brabíssimo
voltando agradeci
meses depois num despacho
anunciaram um pescador
já adivinhando de quem
e do que se tratava
dei (do meu bolso) três contos
é para uma nova jangada
que nunca vi outra
tão velha
voltou o portador
com a seguinte notícia
o homem não quer jangada
que um emprego público.
Livro: Os cem melhores poemas brasileiros do século Pág. 321
Autor: Francisco Alvim
De carne e osso
O que os personagens de Jorge Amado têm de tão especial? O historiador Alberto da Costa e Silva explica: “São pessoas que você, abrindo a janela da sua casa, poderia encontrar atravessando a rua. É que foram mesmo lançadas do plano real par ao plano imaginário”. Eis alguns deles.
Cabo Plutarco ou Quincas Berro D’àgua?
Sabe a história do sujeito boêmio que deu mais valor à noitadas nos botecos do que às regras da classe média e, quando morreu, foi carregado no colo dos amigos em uma última volta pelos bares e bordéis da cidade? Parece muita invencionice de Jorge Amado para A Morte e a morte de Quincas Berro D’Àgua. Mas a cena realmente aconteceu com um cearense fanfarrão no Rio de Janeiro. O escritor ouviu em Fortaleza e adorou o caso do cabo Plutarco:”contaram-me como a solidariedade dos amigos na hora da ausência transformou a dor da despedida em festa.
Romance não vingou, mas foi parar em livro
A musa do personagem principal de Jubiabá tem história semelhante à de uma moça por quem Jorge Amado se apaixonou em um bordel de Maceió, durante a juventude: filha de usineiro foi abandonada pelo noivo e por isso terminou no prostíbulo.
Autor foi humilhado por Maria Machadão
O bordel freqüentado pelos coronéis de Ilhéus em Gabriela Cravo e Canela não só existiu como é preservado até hoje. Quem for à cidade da infância de Jorge Amado pode visitar a reconstituição do quarto de Antônia Machado. No romance chamada Maria Machadão, ela chegou a conhecer Jorge. Ele tentava entrar no castelo com um amigo quando a cafetina lhes deu puxões de orelha em alto e bom som: “o que dona Eulália vai pensar se souber que você veio aqui?” O escritor concluía a lembrança de infância:”Saímos de lá humilhadíssimos”.
Dona Flor teve mesmo dois maridos
O esotérico acontecimento na história de Dona Flor e Seus Dois Maridos ficou guardado na memória de seu criador por três décadas. Foi o amigo e poeta Álvaro Moreyra quem lhe contou, nos anos 1930, o caso de uma conhecida: a viúva de um jornalista casara-se com um comerciante português e, sendo espírita, via o ex-marido toda noite querendo deitar-se com ela. Mote para o enlace de Flor com o metódico Teodoro Madureira e com fanfarrão Vadinho mesmo depois de morto.
Beije-me e Adeus
Preste atenção na sinopse do filme Hollywoodiano Meu adorável Fantasma,de 1982:”Após três anos da morte do marido, uma viúva conhece outro homem, um egiptólogo do Museu Metropolitano de arte de Nova York, e se apaixona.
Mas, um dia antes de seu casamento, o fantasma do primeiro marido vem fazer uma surpresa.”
Sim, é ela mesma. A história de Dona Flor e Seus Dois Maridos foi comprada pelos americanos e virou, no título em inglês, Kiss Me Goodbye.
Revista: BRASIL - Almanaque de Cultura Popular
Ano 14 nº 160 pág. 20-21
Casa do Gigante
Antes de Caiapônia ser lançada com uma das maravilhas naturais de Goiás por causa de suas cachoeiras, ela sempre foi conhecida como a terra do gigante adormecido. Em diferentes pontos da cidade, você dá uma paradinha. Olha para a serra que a cerca e verá um gigante adormecido. Uma visão impactante, par ao turista, pois quem nasceu em Caiapônia logo se acostuma com o grandalhão preguiçoso, que nunca se levanta.
Na mesma linha de pedra sobre pedra está o morro do peão, ou outro gigante de beleza arrebatadora. O interior das serras abriga inúmeras cavernas. Algumas contam com inscrições rupestres. Mas esse tipo de turismo de aventura é muito incipiente.
Pouco praticado. Merece maior atenção do poder público e da iniciativa privada.
O volumoso corredor de água em Caiapônia é formado graças às oito nascentes que o município abriga – entre elas, dos Rios Pântano, Verdão, Paraíso e Claro. Par achegar às maravilhas aquáticas, a cidade oferece o Centro de Apoio ao Turista (telefone 64 3663-7170),
que pode orientar o visitante.
Converse com o guia, ele vai oferecer aas melhores opções. As mais acessíveis.
São mais de dez cachoeiras, portanto,
haja condicionamento físico.
Em todo caso, duas visitas são indispensáveis.
A primeira: na cachoeira da Abóbora
(ou 52 metros de queda livre), a 37 quilômetros do Centro de Caiapônia e fica na saída para Piranhas.
Na mesma direção outro susto obrigatório: a Cachoeira da Samambaia
(algo em torno de 54 metros de queda livre retinha, retinha). Alguns se aventuram com o guia antes para ele levar o equipamento adequado.
O roteiro de belezas naturais de Caiapônia conta ainda com as cachoeiras do Pântano, Jalapa e, surpreenda-se com a de São Domingos. Ufa.
São 82 metros de queda livre. Um triunfo da natureza disputado pelos municípios de Caiapônia e Piranhas. Os dois querem assumir
a paternidade da mina d’água.
Enquanto não se faz o teste de DNA, fica uma certeza. Mamãe natureza admite:
flertou com os dois. E não quer saber de rixas.
Senão a fonte d’água pode secar.
Caiapônia fica a 328 quilômetros de Goiânia, pela Rodovia dos Romeiros. Fundada em 1873, a cidade também já denominada de Torres do Rio Bonito. Pertence ao Sudoeste Goiano.
Jornal: O popular
Autor: Sebastião Vilela Abreu
A função Paterna é transcultural
No século passado a instituição Família começou a sofrer mudanças em função das alterações socioculturais e econômicas, o que exigiu uma transformação do papel do pai atual.
A relação entre pai e filho era constituída principalmente para educar por meio dos códigos sociais que em nossa sociedade eram oriundos da igreja e prioritariamente rígidos e repressores. Assim sendo, o pai era o transmissor dos costumes culturais.
As mudanças socioculturais e econômicas que se deram a partir da metade do século passado também acarretaram uma redistribuição dos papéis ditos masculinos e femininos em nossa sociedade, levando o homem a questionar sua maneira de estar no mundo.
Em nossa cultura ocidental moderna, pesquisas apontam que a presença do pai, cumprindo sua função, pode ter influências na autoestima e em vários outros aspectos da vida da criança. Hoje vemos como a presença do pai é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento do filho. Em alguns setores da sociedade, o pai é extremamente exigido. Ele tem de ser aquele que dá compreensão, que é cúmplice, que é próximo e que não pode dar um única palmada.
A psicanálise estuda cada vez mais o papel do pai em relação ao filho. Foi constatado que o pai tem grande influência na formação da criança em vários aspectos, que vão do afetivo ao sexual, e que estes moldam a cognição do indivíduo e sua relação com o social. Freud irá desenvolver sua teoria, baseada no mito de Édipo, com os relatos de seu pacientes, por ter percebido em si mesmo o Édipo e por encontrar na cultura humana o mito grego de Édipo, conhecido por desposar a própria mãe, e pelo castigo extremo que impõe a si mesmo quando descobre isso.
Por volta de 1950, Lacan fez uma releitura do Édipo freudiano e o dividiu em três tempos para definir o que chamou de “função paterna”. A volta a Freud é marcada pela ênfase colocada no ato da palavra. Lacan demonstrará como Freud antecipa a lingüística estrutural ao definir as leis da linguagem e localizar seu operador. Sem deixar de lado as figuras imagéticas do pai na sociedade, Lacan avança ao definir que o pai é uma palavra.
Com isso, Lacan rompe com uma tendência de apenas imaginar o pai por meio de sua presença ou ausência física junto da família. Ele insiste em que Freud já se referia à existência de substitutos do pai, ou seja: na ausência física da figura paterna, qualquer coisa que corte a díade mãe-bebê terá a possibilidade de exercer a função do pai.
Revista: Psique Ano VI-Edição 80 pág. 18
No prefácio do livro “Mar Morto” (1936), Jorge Amado escreveu: “Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia. Os velhos marinheiros que remendam velas, os mestres de saveiros, os pretos tatuados (...). O povo de Iemanjá tem muito que contar”. Ele, que queria apenas relatar os causos de uma região do Nordeste brasileiro, acabou por retratar e construir a identidade de um país povoado por negras fogosas, brancas pudicas e elitistas, políticos, trabalhadores, meninos de rua, pescadores, bêbados, terreiros e mães de santo. As histórias de Amado, que foram escritas num ritmo quase ininterrupto entre os anos de 1931 e 1997, ajudaram a disseminar a cultura brasileira pelo mundo, impulsionaram a produção literária nos países africanos de língua portuguesa e, ainda hoje, contribuem para um entendimento mais amplo do que é ser brasileiro.
Ao traçar as cores e cheiros do Brasil, Amado delineou os aspectos de um povo mestiço, religioso, que sobrevivia em meio à miséria e contrastava com as figuras idealizadas por José de Alencar e Gonçalves de Magalhães na prosa romântica do século XIX. O “jeitinho” e as manhas expressos nas letras de Amado podem ser interpretadas, segundo o crítico literário e colunista do GLOBO João Ubaldo Ribeiro, amigo e conterrâneo de Amado, concorda com o crítico. “Jorge Amado não escreveu livros, ele escreveu um país. Amado expandiu nossos horizontes, criou e formou leitores e aproximou-nos de nós mesmos” afirmou Ubaldo em uma conferência sobre a obra amadiana realizada há poucos dias na Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual Amado foi integrante de 1961 até a sua morte, em 1998.
Diferentemente de Ubaldo, Ana Maria Machado, presidente da ABL e autora de “Romântico, sedutor e anarquista – Como e por que ler Jorge Amado” (Objetiva) evita classificá-lo como descobridor ou inventor do Brasil. Ela prefere dizer – como Jorge afirmou em muitas entrevistas – que ele foi um grande contador de histórias.
- Ele levantou problemas sociais, criou discussões, mas não achou que ele tinha um projeto de criar um Brasil, o que importa são as obras dele, e o resultado está aí: um universo muito rico de histórias – diz Ana Maria, que destaca “Mar Morto” (1936) e “Jubiabá” (1935) como os melhores textos da primeira fase do autor, marcada por narrativas políticas.
Em 1954, Amado deixou de lado o discurso panfletário que permeou seus primeiros livros e aprofundou os temas da realidade do cotidiano brasileiro em sua literatura. A nova fase do escritor trouxe um país mais sensual em livros como “Gabriela, Cravo e Canela” (1958) mais depurado em “Teresa Batista cansada de guerra” (1972) e, principalmente, mais místico.
O sincretismo religioso presente nos terreiros e nas ruas da Bahia se torna ainda mais representativo a partir de 1964, com a publicação de “Pastores da Noite” e “Tenda dos milagres” (1969). O doutor em letras e professor ECO-UFRJ Muniz Sodré observa que, ao incluir em sua narrativa, Jorge complementa o imaginário a vida dos personagens baianos e afirma sua obra como espelho da vida da cidade.
- Considero o Jorge um explicador do Brasil. Ele parecia se perguntar o tempo todo: “Quem é o povo brasileiro? O império português nos deu a nação? Mas não deu o povo, que é o grande enigma nacional. Amado punha a liturgia da fé no centro da linguagem romanesca – explica Sodré.
Incluir elementos de luta política e do candomblé fez com que a literatura de Amado fosse lida com grande interesse nos países africanos de língua portuguesa, como explica o premiado escritor moçambicano Mia couto.
-Ele falava de um Brasil que continha uma África dentro. É fácil identificar as cores e os cheiros da África nas páginas, nos personagens negros, mulatos. Ele foi fundamental para nos darmos conta de nós mesmos e observarmos as nossas danças, nosso erotismo, o nosso modo de comer e beber.
Desse modo, ao receber o prêmio internacional Dimitrov, na Bulgária, em 1986, Jorge Amado discursou: “De mim já se disse que sou apenas um romancista de vagabundos e de putas. Honro-me com isso”. Evidentemente que o escritor era mais do que isso, mas a maneira como respondeu à crítica ilustrava bem sua ligação com o povo e como desejava ser visto. “A minha Bahia não é a dos ricos, é dos despossuídos”, explicou certa vez.
- Ele falava que só tinha dois temas, Salvador e cacau – diz sua filha, Paloma Amado.
Fonte: Jornal O GLOBO, p.2. de 29-7-2012
Em clima de amor...Dia dos Namorados
DOCES LEMBRANÇAS
Masé Soares
És meu companheiro das noites mal dormidas,
Luz que anuncia o romper da aurora.
És sol que aquece todos meus dias
Chuva mansa que cai, passa e vai embora.
Quais lembranças guardarei de nossos tempos
Todas! Belos dias e noites sem fim
Quanto mais me amava eu te queria...
Já não estou mais só, você está em mim...
Ás vezes, quando nas tardes brasileiras
Te imagino além mar, nas brisas lusitanas
Olhando a lua, fiel confidente e companheira
Me refugio pensativa... idéias levianas...
Hoje, queria você aqui comigo
Para beijar e abraçar seu corpo amado,
Assim como todos os casais comemorando
Este “dia especial” para os namorados.
Homenagem no Dia dos Namorados
para minha namorada!!
Você é Linda
Caetano Veloso
Fonte de mel
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol
A sua coisa é toda tão certa
Beleza esperta
Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa
E não olha pra trás
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol
A sua coisa é toda tão certa
Beleza esperta
Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa
E não olha pra trás
Linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Vocé é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Vocé é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é forte
Dentes e músculos
Peitos e lábios
Você é forte
Letras e músicas
Todas as músicas
Que ainda hei de ouvir
No Abaeté
Areias e estrelas
Não são mais belas
Do que você
Mulher das estrelas
Mina de estrelas
Diga o que você quer
Dentes e músculos
Peitos e lábios
Você é forte
Letras e músicas
Todas as músicas
Que ainda hei de ouvir
No Abaeté
Areias e estrelas
Não são mais belas
Do que você
Mulher das estrelas
Mina de estrelas
Diga o que você quer
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Gosto de ver
Você no seu ritmo
Dona do carnaval
Gosto de ter
Sentir seu estilo
Ir no seu íntimo
Nunca me faça mal
Você no seu ritmo
Dona do carnaval
Gosto de ter
Sentir seu estilo
Ir no seu íntimo
Nunca me faça mal
Linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz...
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz...
13 de Maio "DIA DAS MÃES"
Felicitações a todas as mães pelo seu dia.
MUNDO DE MULHER
O tamanho do meu mundo
É amplo e cheio de sonhos
O tamanho do meu mundo
É onde o amor anda abraçado
Como o sim, mas também
Com o não...
O tamanho do meu mundo
É onde a garça bebe a água
E busca o alimento.
O tamanho do meu mundo
É onde a lua beija o rio
E se despede na madrugada
Mas cabe também
Na taça de um bom vinho
Quando celebro a amizade...
Meu mundo...
Às vezes tão grande
Às vezes pequeno
Nem sempre cheio de sol,
Passam nuvens carregadas
Mas confio no vento amigo
Ao olhar o outro dia
A esperança que não morre...
O tamanho do meu mundo
É a natureza, a alma e o coração,
Do meu universo
O meu mundo tem o tamanho,
Do meu amor
E dos meus sonhos
Simples e ternos
Complexos e eternos...
(Desconheço o Autor)
MAIO, MÊS DE MARIA !
Nossa Senhora se faz presente em todos os lugares e em todas as situações.
Ela nunca nos abandona, pois recebeu de Jesus a missão de ser Mãe de toda a humanidade”
Com efeito, o nascimento de Cristo "não lhe diminuiu, mas sagrou a integridade virginal" de sua mãe. A Liturgia da Igreja celebra Maria como a "Aeiparthenos" (pronuncie " áeiparthénos"), "sempre virgem".(CEC 499). Desta forma Maria tornou-se, por livre vontade, aderindo ao projeto do Pai como a Mãe de Deus:
“Denominada nos Evangelhos "a Mãe de Jesus" (João 2,1;19,25)
Nas intenções de oração do Papa Bento XVI para o mês de maio estão as famílias e os missionários. Como intenção geral, o Santo Padre reza "para que na sociedade sejam promovidas iniciativas que defendam e reforcem o papel da família". Na intenção missionária deste mês, o Papa pede à "Maria, Rainha do mundo e Estrela da Evangelização, que acompanhe todos os missionários no anúncio de seu Filho Jesus".
O Papa confia suas intenções, todos os meses, ao Apostolado da Oração. Esta iniciativa é seguida por milhões de pessoas em todo mundo.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
“Neste mês de Maria,
Tão lindo mês de flores,
Queremos de Maria
Celebrar os louvores”
(Colaboração de Masé Soares)
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