8 de jul. de 2014



O homem que se ocupa do passado não merece ter um futuro.

Uma tradicional narrativa Zen conta que um homem certo dia caminhava pela selva quando deu de cara com um tigre feroz. Correu o máximo que pôde, mas logo chegou à beira de um precipício. Desesperado, escalou uma videira e ficou pendurado sobre o abismo. Enquanto estava suspenso ali, duas ratazanas apareceram e começaram a roer a árvore. De repente, o homem viu um cacho de uvas. Arrancou-as e as levou à boca. Eram as mais deliciosas que ele já provara na vida!
Essa fábula ilustra quanto é difícil nos atermos ao presente. Quem passa a vida remoendo erros do passado e projetando os medos e desejos em relação ao futuro acaba por descobrir, no leito de morte, que a única coisa que possuía eram os momentos que deixava fugir das mãos sem desfrutar.
Como Oscar Wilde, tenha consciência de que o passado pode nortear decisões extremamente importantes, desde que não se transforme numa sombra que obscureça o presente.

Livro: Oscar Wilde para inquietos
Auto: Allan Percy

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